Alta do PIB brasileiro O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta terça-feira quando era cotado ao redor de R$ 5,26 (10h45min), refletindo uma recuperação global da moeda americana e a divulgação do PIB brasileiro. O PIB cresceu 0,8% no primeiro trimestre ante o último trimestre do ano passado, puxado principalmente pela demanda interna. O crescimento foi sustentado pela expansão do consumo das famílias e do governo, que impulsionou especialmente o setor de serviços. O comércio externo contribuiu negativamente para o PIB pelo segundo trimestre consecutivo, com uma alta das exportações (+0,2%) menor que o crescimento das importações (+6,5%), o que é reflexo dos preços menores das principais commodities exportadas, como soja, milho, café e carne bovina, e da brusca redução no volume exportado de óleo de soja, por conta do impulso da demanda interna após o aumento da mistura de biodiesel no diesel nacional. A agropecuária cresceu 11,3% no trimestre, porém recuou 3,0% ante o mesmo intervalo do ano passado, reflexo de uma produção e produtividade menor da principal safra dos primeiros três meses, a soja. De maneira geral, embora os índices de preços estejam moderados no ano, o dado mais forte para a demanda interna elevou levemente os receios para uma pressão inflacionária no Brasil, diminuindo o apetite de investidores por ativos domésticos e enfraquecendo o real.
À espera do JOLTS No exterior, o dólar se fortalecia diante de outras divisas enquanto investidores aguardam pelo JOLTS americano de abril, último indicador importante para o mês e que deve complementar a leitura de agentes do mercado financeiro sobre a evolução do mercado de trabalho no país, a fim de calibrar expectativas para a taxa de juros dos EUA.
Detalhes para projetos da Fazenda Vale destacar, por fim, que o Ministério da Fazenda intenciona divulgar, nesta tarde, detalhes sobre as medidas compensatórias à desoneração da folha de pagamento de 17 setores e municípios pequenos e do segundo projeto de lei para regulamentação da reforma tributária, que vai tratar da distribuição federativa da receita. Estas divulgações devem ser acompanhadas por entrevista coletiva do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, e podem influenciar as negociações nos mercados de ativos brasileiros.