Câmbio inicia a quarta próximo à estabilidade, cotado ao redor de R$ 5,44
Em dia de liquidez mais baixa, dólar aguarda Copom
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,44 (+0,1%)
= Dollar Index (DXY): ~105,2 pontos (0,0%)
Em dia de feriado nos EUA, o mercado de divisas deve se manter à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em meio a um contexto de percepção mais elevada de riscos fiscais no Brasil e críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à instituição.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Feriado nos EUA (Juneteenth).
• Fluxo cambial semanal (BC) – 14h30min.
• Cerimônia de posse de Magda Chambriard, presidente da Petrobrás, com participação do presidente Lula e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad – 15h30min.
• Decisão de política monetária brasileira do Copom – 18h30min
• Decisão da taxa básica de juros da China (PBoC) – 22h15min.
À espera do Copom Em dia de liquidez reduzida por conta de feriado nos EUA, o dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta quarta-feira, operando sem direção definida enquanto investidores aguardam pela decisão do Copom, após o encerramento do pregão. Há grande expectativa pela definição de hoje para a taxa de juros, em um contexto de elevada percepção de riscos fiscais no Brasil. Analistas acreditam que o Copom irá manter estável a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% a.a. e pode demonstrar maior firmeza em seu comunicado quanto ao atingimento das metas de inflação. Há dúvidas se esta decisão, ao contrário da de maio, possuirá consenso entre seus diretores, algo visto como importante para tranquilizar os investidores sobre o compromisso da instituição com a estabilização inflacionária.
Críticas de Lula ao BC A percepção de que o Comitê possa assumir uma postura mais tolerante com a estabilização inflacionária, quando a maior parte de seus integrantes serão membros indicados pelo atual governo, foi reforçada ontem após o presidente da República criticar a instituição. Em entrevista a jornalistas, Lula disse que o comportamento do Banco Central “é a única coisa desajustada” na economia brasileira neste momento e afirmou que o presidente do BC “não tem nenhuma capacidade e autonomia”, não “é uma figura séria, responsável (...) [e] imune aos nervosismos momentâneos do mercado” e que “trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país”. Embora seja improvável que o Copom ou Campos Neto respondam às críticas do líder do Executivo, elas contribuem para aumentar a incerteza e piorar as expectativas inflacionárias ao tentar politizar as decisões do Comitê e criar a impressão de que o próximo presidente do BC possa ser menos técnico e mais alinhado aos objetivos do atual governo.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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