Câmbio encerra quarta em queda, cotado a R$ 5,569
Dólar reflete falas apaziguadoras do governo federal e dados fracos para os EUA
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,569 (-1,7%)
▼ Dollar Index (DXY): 105,4 pontos (-0,3%)
O mercado de divisas repercutiu a expectativa de investidores por medidas que reduzam a crise de confiança no Brasil, em meio a reunião do presidente da República com os ministros da área econômica, bem como o enfraquecimento global da moeda americana após dados econômicos mais fracos que o esperado para o país.
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Alívio para a desconfiança de investidores O dólar negociado no mercado interbancário apresentou forte tendência de queda na sessão desta quarta-feira, impulsionado por fatores externos e domésticos favoráveis à valorização do real. A sessão já iniciou em um tom positivo para a moeda brasileira por conta de uma reunião agendada para as 16h30min entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros da Junta de Execução Orçamentária, Fernando Haddad(Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Rui Costa (Casa Civil). Essa tendência se intensificou durante o pregão em meio a sinais de compromisso do governo federal, em particular do próprio Lula, com um maior controle das despesas públicas e arrefecimento das críticas ao Banco Central. Antes da reunião, Haddad negou a jornalistas que o governo federal possa modificar a lei de autonomia do Banco Central, enquanto Lula declarou que “responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003". "E a gente manterá ele à risca”. A sinalização de que o Executivo busca medidas que contenham a crise de confiança de investidores com ativos brasileiros levou o real aos maiores ganhos do dia entre as moedas mais líquidas do mercado de divisas.
Expectativa para os juros americanos Contribuiu para a recuperação do real, também, o enfraquecimento generalizado da moeda americana após a leitura de dados mais fracos que o esperado para os Estados Unidos em junho. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego no país mantiveram-se elevadas esta semana, com 238 mil sovas solicitações ante expectativa mediana de 234 mil. Adicionalmente, o instituto ADP informou que o saldo de novos empregos privados em junho foi de 150 mil, abaixo da expectativa mediana de 163 mil. Além disso, o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços caiu inesperadamente para o território de retração em junho, passando de 53,8 pontos em maio para 48,8 pontos em junho, ante expectativa mediana de 52,6 pontos. O índice de emprego na pesquisa recuou de 47,1 pontos em maio para 46,1 pontos em junho, ao passo que o índice de preços passou de 58,1 pontos para 56,3 pontos no período. Estes indicadores sinalizam que a atividade econômica e o mercado de trabalho devem ter se mantido mais brandos no mês de junho, o que, em tese, deve reduzir os temores de persistência inflacionária e eleva as apostas para cortes de juros pelo Federal Reserve, enfraquecendo o dólar.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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