Câmbio abre sexta em queda, cotado ao redor de R$ 5,54
Dólar repercute anúncio de contenção de gastos pela Fazenda
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,537 (-0,9%)
▲ Dollar Index (DXY): ~103,89 pontos (+0,1%)
O mercado brasileiro de câmbio abriu em baixa nesta sexta-feira (19), com o par real/dólar devolvendo parte dos ganhos da véspera e operando cotado a R$ 5,54, variação negativa de 0,92% (09h11min). A principal repercussão para o dia deve ser o anúncio da contenção orçamentária realizado ontem pelo governo, que deve bloquear o total R$ 15 bilhões ainda em 2024. A decisão sucede uma semana de forte de desvalorização do real e contribui para sinalizar maior compromisso do Executivo com as exigências do arcabouço fiscal, diminuindo os temores dos agentes de mercado com o desequilíbrio das contas públicas. Importante destacar, adicionalmente, a falha tecnológica global, que desde ontem tem afetado as operações em diversos setores, impactando inclusive os sistemas bancários. Isso pode atrapalhar o mercado de divisas e a leitura das negociações em tempo real.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Sondagem Industrial de junho (CNI) – 10h00min.
• Palestra do presidente do Federal Reserve de Nova Iorque, John Williams – 11h40min.
• Palestra do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic – 11h40min.
• Palestra do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – 11h00min.
• Posição semanal dos agentes de mercado (CFTC) – 16h30min.
Contenção de gastos A moeda brasileira se recuperava após o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo realizará uma contenção de gastos da ordem de R$ 15 bilhões ainda em 2024, para o atingimento da meta de déficit zero. Após o fechamento do mercado nesta quinta-feira (18), Haddad comunicou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões de excesso de despesas, e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, devido a questões pendentes no STF que afetam a arrecadação. "O bloqueio é aquele valor necessário que tem que ser contingenciado para não exceder o limite previsto na lei complementar que definiu o novo marco fiscal das despesas. Como nós pactuamos 2,5% de teto acima da inflação, está excedendo esse valor. Em quanto? Em R$ 11,2 bilhões. No que diz respeito à receita, você faz a conta do contingenciamento", explicou o ministro. O detalhamento desses números, de acordo com Haddad, deve ser divulgado na próxima segunda-feira (22), com a publicação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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