Câmbio encerra a quarta em alta, cotado a R$ 5,657

Dólar reflete aversão global a riscos e valorização do iene

▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,657 (+1,2%)
▼ Dollar Index (DXY): 104,4 pontos (-0,1%)

Em dia de poucos indicadores, o mercado de divisas repercutiu o cenário global de baixo apetite por riscos, queda nos preços de commodities e de fortalecimento do iene japonês, levando o real ao pior desempenho entre as divisas mais líquidas.

Variações | No dia: +1,24% | Na semana: +0,93% | No mês: +1,18% | No ano: +16,60% | Em 12 meses: +19,52% |

Ambiente de pessimismo global O dólar negociado no mercado interbancário subiu em mais de 1% na sessão desta quarta-feira e fechou no segundo maior valor do ano, com o real apresentando o pior desempenho do dia entre as moedas mais líquidas – a moeda brasileira se desvalorizou em sete dos últimos dez pregões. O pessimismo entre investidores se manteve elevado após a temporada de divulgação de resultados trimestrais estar pior que o antecipado, em especial pela Alphabet e pela Tesla, duas integrantes do grupo conhecido como “sete magníficas”, o que prejudicou o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.

Iene penaliza moedas de carrego Além disso, a valorização de 1,1% do iene na sessão reforçou o desempenho negativo de moedas utilizadas em operações de “carry trade” (ou carrego), como o real e o peso mexicano. Como o iene costuma ser usado por operadores do mercado financeiro como moeda de “funding” para essas operações, uma valorização da moeda reduz os rendimentos dessas transações e pode estimular os agentes a desfazerem suas posições. Ou seja, é comum entre investidores tomar recursos no sistema financeiro japonês, com baixo nível de juros, e converter em reais para aplicação no nosso sistema financeiro, de juros mais elevados. Com a desmontagem das posições, há venda elevada de reais para saldar os financiamentos japoneses originais, enfraquecendo a moeda brasileira.

Commodities em queda Por fim, contribuiu para o enfraquecimento do real, também, mais uma dia de queda nos preços internacionais de commodities importantes para a pauta exportadora brasileira, como petróleo e minério de ferro, que prejudica a expectativa de fluxos comerciais para o país. Nesse sentido, os índices de commodities da Bloomberg e da FTSE/CC CRB acumulam perdas de mais de 3% nos últimos 11 pregões.

Desempenho dos índices de commodities Bloomberg e FTSE/CC CRB desde 12 de julho de 2024 (12/jul = 100)

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Fonte: Refinitiv. Elaboração: StoneX.

Mercado de moedas

Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.