Câmbio começa a sexta em queda, cotado ao redor de R$ 5,64
Dólar deve refletir PCE americano e dados fiscais no Brasil
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,64 (-0,3%)
▼ Dollar Index (DXY): ~104,3 pontos (-0,1%)
O mercado de divisas deve repercutir a divulgação do Índice de Preços de despesas de Consumo Pessoal (PCE) de junho nos EUA, buscando calibrar expectativas para a trajetória de juros no país, assim como a divulgação de dados para as contas públicas brasileiras em junho.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Estatísticas monetárias e de crédito de junho (Banco Central) – 09h30min.
• Relatório de Receitas e Despesas Pessoais de junho nos EUA (BEA) – 09h30min.
• Sentimento do Consumidor de julho nos EUA (UMich) – 11h00min.
• Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de junho (MTE) – 14h00min.
• Resultado Primário do Governo Central (Secretaria do Tesouro Nacional) – 14h30min.
PCE suave enfraquece o dólar O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,64 (10h35min), refletindo os efeitos de um PCE suave para o mês de junho nos EUA. O indicador utilizado pelo Federal Reserve (Fed) para acompanhar a inflação ao consumidor passou de 0,0% em maio para 0,1% em junho no índice cheio, em linha com as projeções de especialistas, enquanto o núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, passou de 0,1% em maio para 0,2% em junho, levemente acima da estimativa mediana de 0,1%. Apesar dessa leve alta de 0,1 p.p. em ambas as métricas, tais números ainda representam uma evolução moderada nos preços e deve reforçar as apostas de investidores de que o Fed deve iniciar seu ciclo de cortes de juros em breve. Embora pareça prematuro apostar que o banco central americano cortaria juros na semana que vem – abril foi um mês misto e dados favoráveis se acumulam apenas por dois meses – investidores acreditam que os dados acumulados até a decisão de política monetária de setembro, referentes aos meses de julho e agosto, serão suficientes para elevar o nível de confiança do Fed de que a estabilização inflacionária no país ocorre de maneira sustentada e apostam majoritariamente em uma redução nessa ocasião. Com a perspectiva de queda para os juros americanos, as expectativas de rendimentos para títulos denominados em dólar diminuem e favorecem a demanda por outros ativos mais rentáveis e com maior percepção de riscos, como ações, commodities e moedas de países emergentes.
Resultado primário no Brasil No contexto interno, o mercado de divisas deve refletir a divulgação do resultado primário do governo central referente ao mês de junho. Nas últimas semanas, o Brasil tem enfrentado uma crise de confiança intensificada em relação à condução da política fiscal pelo Governo Federal. Isso tem resultado na deterioração das expectativas dos investidores e impactado as cotações do real. Assim, indicadores que refletem o desempenho das contas públicas no país têm influenciado diretamente a percepção de riscos dos agentes de mercado, ao evidenciar o compromisso efetivo do governo com o equilíbrio das contas nacionais. Com a divulgação às 14h30 desta sexta-feira (26), a mediana das estimativas aponta para um resultado deficitário na ordem de R$ 37 bilhões, em comparação com o déficit de R$ 45,2 bilhões no mesmo mês do ano passado.
Resultado primário do Governo Central* (em bilhões de reais)
*Valor referente a junho é a mediana das estimativas divulgada antes do resultado oficial. Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Elaboração: StoneX
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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