Câmbio abre a terça em alta, cotado ao redor de R$ 5,65

Dólar deve refletir JOLTS e preços de commodities

▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,65 (+0,5%)
▲ Dollar Index (DXY): ~104,7 pontos (+0,2%)

O mercado de divisas deve refletir a divulgação de dados para o mercado de trabalho americano e o recuo nos preços internacionais de commodities enquanto aguarda pelas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil, EUA e Japão, todas amanhã.

Agenda do dia (horário de Brasília):
•    Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho (FGV) – 08h00min.
•    Índice de Preços ao Produtor (IPP) de junho (IBGE) – 09h00min.
•    Confiança do Consumidor nos EUA de julho (Conference Board) – 11h00min.
•    Pesquisa de vagas e turnover (JOLTS) nos EUA de junho (BLS) – 11h00min.
•    Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho (MTE) – 14h30min. 
•    PMI Industrial na China de julho (NBS) – 22h30min.
•    PMI de Serviços na China de julho (NBS) – 22h30min.

À espera dos BCs O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,65 (10h30min), refletindo um ambiente internacional de menor apetite por ativos arriscados e recuo nos preços internacionais de commodities, enquanto investidores buscam ajustar suas posições antes das decisões de política monetária de bancos centrais importantes, como EUA, Brasil, Japão e Inglaterra, com ganhos moderados de moedas consideradas “portos-seguros”, como o dólar e o iene. Adicionalmente, é possível que uma antecipação da rolagem de contratos futuros e da disputa pela formação da taxa Ptax esteja pressionando a desvalorização do real.

Queda dos preços de commodities Contribui para o enfraquecimento do real, também, mais um recuo no preços internacionais de commodities importantes, como minério de ferro e o petróleo. O minério de ferro encerrou a sessão no menor valor do ano, em U$105,9 para o contrato futuro mais próximo, enquanto o petróleo Brent se encontra no menor valor em quase dois meses, ao redor de US$ 78,35. A tendência de queda nos preços de commodities prejudica o desempenho de moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.

Desaceleração nos EUA Por fim, é importante destacar que os agentes do mercado financeiro aguardam pela divulgação do relatório JOLTS americano, fechando o calendário de indicadores importantes para o mês de junho. Espera-se que o indicador mantenha sua tendência de desaceleração, apontando que o número de vagas de trabalho disponíveis nos EUA passou de 8,140 milhões em maio para 8,020 milhões em junho. Se confirmada, a leitura pode reforçar as interpretações de que o mercado de trabalho do país continua saudável, porém perde ritmo, e aumentar as apostas para cortes de juros pelo Federal Reserve, enfraquecendo o dólar globalmente.

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.