Câmbio fecha a segunda em alta, cotado a R$ 5,741
Dólar reflete forte aversão global a riscos
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,741 (+0,5%)
▼ Dollar Index (DXY): 102,7 pontos (-0,5%)
O mercado de divisas repercutiu o ambiente de negócios amplamente pessimista e de aversão a riscos em meio a um receio de desaceleração econômica americana abrupta, embora o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços americano de julho tenha ajudado a suavizar esse movimento.
Variações | No dia: +0,53% | Na semana: +0,53% | No mês: +1,51% | No ano: +18,34% | Em 12 meses: +17,78% |
Aversão generalizada a riscos penaliza o real O dólar negociado no mercado interbancário abriu a sessão desta segunda-feira em forte alta, porém foi gradativamente reduzindo as suas perdas até encerrar o dia em elevação moderada. Entre a máxima intradiária (R$ 5,8648) e a mínima (R$ 5,7135), foram mais de 15 centavos de intervalo de flutuação, um sinal da extraordinária volatilidade do dia, enquanto o índice de volatilidade da CBOE, Vix, atingiu seu maior valor desde março de 2020. A aversão global a riscos, intenso pessimismo e busca por qualidade pelos investidores mundiais penalizou o desempenho de índices acionários, preços de commodities, rendimentos dos títulos da dívida americana (Treasuries) e de moedas de países emergentes, ao passo que divisas consideradas “portos-seguros” se fortaleceram – o euro se valorizou em 0,45%, o franco suíço em 0,85% e o iene japonês em 1,97%. Adicionalmente, no mercado futuro de juros, investidores consolidaram apostas de que o Federal Reserve (Fed) deve realizar dois cortes de juros de 0,50 p.p. seguidos, em setembro e novembro, algo bastante improvável há duas semanas. Conforme detalhado na última edição do Panorama Semanal de Câmbio, o movimento é impulsionado por temores de desaceleração abrupta da economia americana, de receios de que o Fed esteja mantendo um nível excessivo de aperto monetário sobre a atividade do país e de uma preocupação quanto à possibilidade de uma escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio.
PMI de serviços suaviza preocupações Esta tendência de estresse global e pessimismo de investidores perdeu força após a divulgação do o PMI de serviços americano de julho, que passou de 48,8 pontos em junho para 51,4 pontos em julho, em linha com as estimativas de analistas. O resultado diminuiu parcialmente as preocupações de que os EUA estejam em desaceleração intensa e abrupta, porém não foi capaz de inverter a aversão generalizada e extrema a ativos arriscados.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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