Câmbio inicia a quinta estável, cotado ao redor de R$ 5,63

Dólar deve refletir falas de autoridades econômicas

▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,63 (+0,1%)
▲ Dollar Index (DXY): ~103,4 pontos (+0,2%)

Em dia com poucos indicadores econômicos, o mercado de divisas deve repercutir falas de autoridades de política monetária no Brasil e nos EUA, bem como dados americanos de seguro-desemprego buscando calibrar expectativas sobre a trajetória da taxa de juros nesses países.

Agenda do dia (horário de Brasília):
•    Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – 09h00min.
•    Pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA (DOL) – 09h30min.
•    Palestra do presidente do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin – 16h00min.
•    Palestra do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo – 17h00min.
•    Índice de preços ao consumidor (CPI) da China em julho (NBS) – 22h30min.
•    Índice de preços ao produtor (PPI) da China em julho (NBS) – 22h30min.
 

Comentários de membros do Copom O dólar negociado no mercado interbancário oscilava ao redor da estabilidade nas primeiras operações desta quinta-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,63 (10h30min). No cenário interno, os investidores devem se atentar a falas de membros do Banco Central para ajustar as suas expectativas sobre os próximos passos para a condução da política monetária no país. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 31/07, o balanço de riscos elaborado pelos membros indicou uma elevação dos temores inflacionários, incluindo a possibilidade de novas altas para a taxa básica de juros (Selic) no futuro a fim de assegurar a convergência da inflação à meta, se necessário. A percepção de uma postura mais contracionista do Copom tende a favorecer o diferencial de juros brasileiro ante a outras economias, particularmente em meio a expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, o que, por sua vez, contribui na atração de capitais estrangeiros e fortalece o real. Considerando as falas das autoridades monetárias de hoje, espera-se que os agentes de mercado procurem pistas em relação às premissas que devem balizar a próxima decisão do Copom (18/09). Cabe destacar que amanhã (09) haverá a divulgação do IPCA relativo ao mês de julho, o que deve contribuir com as avaliações de risco de investidores. 

Temores amenizados nos EUA Nos Estados Unidos, a fala do presidente do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin, poderá incluir comentários sobre o aumento do pessimismo em relação ao nível de atividade econômica nos EUA e sobre a política monetária no país. Nas últimas semanas, dados que indicaram desaceleração no mercado de trabalho dos EUA desencadearam dias de turbulência nos mercados de ativos globalmente, alimentando também as especulações de que o Federal Reserve poderia acelerar o afrouxamento monetário de forma mais acelerada do que incialmente esperado pelos investidores. Apesar de parecer improvável que o órgão realize um corte na taxa de juros de maneira extraordinária antes da reunião de setembro, as apostas aumentaram nos últimos dias para um corte de meio ponto percentual nessa decisão. Mais cedo, o departamento do trabalho do país divulgou seus dados semanais de auxílio-desemprego, que indicou 233 mil novos pedidos para o benefício ante expectativa mediana de 241 mil, ajudando a diminuir esses temores de uma queda abrupta na atividade econômica americana e favorecendo o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes. 
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.