Câmbio começa a terça em alta, cotado ao redor de R$ 5,44
Dólar deve refletir falas de Haddad, Campos Neto e integrantes do Fed
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,44 (+0,5%)
▼ Dollar Index (DXY): ~101,7 pontos (-0,2%)
Em mais um dia de poucos indicadores, o mercado de divisas deve repercutir falas públicas de autoridades econômicas no Brasil e nos EUA, buscando calibrar expectativas para a trajetória dos juros nos dois países
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Palestra do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – 09h10min.
• Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – 10h10min.
• Palestra do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic – 14h35min.
• Palestra do vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael Barr – 15h45min.
À espera de Jackson Hole O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira, quando era negociado ao redor de R$ 5,44 (10h00min). A alta não parece refletir a nenhum evento específico, podendo ser um movimento de realização de lucros por investidores após o fortalecimento expressivo do real na sessão de ontem. Adicionalmente, investidores devem reagir a comentários de membros do Federal Reserve (Fed) enquanto aguardam pelas falas do presidente da instituição, Jerome Powell, no Simpósio Econômico de Jackson Hole, nesta sexta-feira. Após uma leitura inflacionária moderada e uma forte expansão das vendas do varejo na semana passada, há uma expectativa de que Powell possa sinalizar de forma mais explícita sobre o ponto inicial e a velocidade esperada para um ciclo de cortes de juros nos EUA. O mercado futuro de juros, hoje, aponta para uma expectativa majoritária de oito cortes (-2,00 p.p.) em oito decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed a partir de setembro, talvez mais otimista do que o esperado em função das comunicações reiteradas de paciência e prudência dos integrantes do Comitê.
Políticas econômicas no Brasil As cotações do real devem ser influenciadas, também, pelas palestras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento de instituição financeira. Recentemente, declarações de membros do Comitê de Política Monetária (Copom) alimentaram a percepção de que o Comitê possa realizar uma alta na taxa básica de juros (Selic) no curto prazo, possivelmente em sua próxima decisão, reforçando uma expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) permanecerá mais elevada por mais tempo. Além disso, receios entre investidores de que o Executivo possa não cumprir promessas recentes de equilíbrio fiscal mantêm as expectativas inflacionárias no Brasil mais altas, o que pode exigir, por outro lado, um aperto monetário mais rígido pelo BC. A perspectiva de uma taxa Selic mais elevada em meio à expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve tende a melhorar o diferencial de juros brasileiro ante a outras economias e contribui na atração de investimentos externos, fortalecendo o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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