Câmbio termina quinta em forte alta, cotado a R$ 5,623
Dólar refletiu dados econômicos americanos e percepção de riscos para ativos brasileiros
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,623 (+1,2%)
▲ Dollar Index (DXY): 101,4 pontos (+0,3%)
O mercado de divisas repercutiu a divulgação de números para o Produto Interno Bruto (PIB) e para auxílio-desemprego nos EUA, que reforçaram a percepção de resiliência econômica no país e limitaram o otimismo de investidores para cortes de juros pelo Federal Reserve. No Brasil, preocupações com a condução das políticas econômicas levaram o real ao pior desempenho da sessão.
Variações | No dia: +1,19% | Na semana: +2,61% | No mês: -0,59% | No ano: +15,89% | Em 12 meses: +15,80% |
Percepção de riscos elevada no Brasil O dólar negociado no mercado interbancário apresentou forte tendência de alta na sessão desta quinta-feira e subiu pelo quarto pregão consecutivo, tornando a ultrapassar a barreira psicológica de R$ 5,60. Embora o dia tenha sido de força global do dólar, o real apresentou o pior desempenho entre as moedas mais líquidas, impulsionado por um repentino estresse de investidores locais com ativos locais. Além do enfraquecimento do real, o Ibovespa recuou quase 1% e as taxas dos contrato de juros DI subiram ao longo de toda a curva (todos os vencimentos), precificando uma improvável alta de 0,50 p.p. na taxa básica de juros (Selic) para a decisão de 18 de setembro. De maneira geral, não houve gatilho claro para esta elevação na percepção de riscos. Podem ter contribuído para esse resultado a proximidade para a formação da taxa Ptax de fim de mês, amanhã, a indicação do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, para o comando do Banco Central a partir do próximo ano e receios quanto aos detalhes do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, cujo prazo para que o Executivo a envie ao Congresso Nacional se encerra amanhã.
Força global do dólar No exterior, os investidores repercutiram o crescimento do PIB americano para o segundo trimestre, que passou de uma taxa real anualizada de 2,8% para 3,0% na segunda prévia do indicador ao ser impulsionado por uma revisão da expansão real anualizada do consumo de 2,3% para 2,9%. Adicionalmente, os pedidos semanais de auxílio-desemprego no país permaneceram praticamente estáveis, passando de 233 mil para 231 mil novas solicitações. Os números demonstram a resiliência maior que o antecipado para a economia nos EUA e afastaram preocupações de uma possível recessão no curto prazo, reforçando uma interpretação de “pouso suave” da economia e diminuindo apostas de cortes de juros velozes pelo Federal Reserve. Como consequência, os rendimentos de títulos do Tesouro americano (Treasuries) subiu e contribuiu para o fortalecimento global do dólar.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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