Câmbio termina a terça em alta, cotado a R$ 5,644
Dólar refletiu temores de recessão nos EUA
▲ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,644 (+0,5%)
▲ Dollar Index (DXY): 101,8 pontos (+0,1%)
O mercado de divisas repercutiu ao ambiente global de aversão a riscos após uma leitura mais fraca do Índice Gerente de Compras (PMI) industrial nos EUA alimentar temores de uma desaceleração abrupta do país, bem como ao crescimento maior que o antecipado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Variações | No dia: +0,48% | Na semana: +0,13% | No mês: +0,13% | No ano: +16,33% | Em 12 meses: +14,39% |
PIB acima do esperado O dólar negociado no mercado interbancário abriu a sessão desta terça-feira em baixa, porém inverteu sua tendência no final da manhã e se manteve em elevação até o final do pregão. O fortalecimento inicial da moeda brasileira ocorreu após a divulgação de que o PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre, acima da estimativa mediana de 0,9% no período. Adicionalmente, o crescimento do primeiro trimestre foi revisado de 0,8% para 1,0%. A expansão foi impulsionada, pelo lado da oferta, pela alta nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%), enquanto, pelo lado da demanda, foi puxada pela demanda interna, com crescimento do consumo das famílias (4,9%), gastos do governo (3,1%) e investimento das empresas (5,7%). O setor externo teve contribuição negativa, com crescimento das exportações (4,5%) menor que o das importações (14,8%). O dado reforça a percepção de que a atividade produtiva e o mercado de trabalho se mostram mais aquecidos que o inicialmente antecipado e podem representar fontes adicionais de pressão inflacionária em um momento que o Banco Central tem sinalizado “desconforto” por conta de uma desaceleração da estabilização de preços e de expectativas inflacionárias de investidores mais altas no futuro. Assim, com um quadro mais desafiador, crescem as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) possa aumentar no curto prazo, possivelmente já na decisão de 18 de setembro, o que favoreceu a perspectiva de diferencial de juros do país e ajudou na atração de capitais externos, fortalecendo o real.
PMI mais fraco que o esperado Contudo, a divulgação do PMI industrial dos EUA mais fraco que o esperado resultou em uma inversão do movimento. O índice passou de 46,8 pontos em julho para 47,2 pontos em agosto, abaixo da projeção mediana de 47,5 pontos. Embora o subgrupo de emprego tenha moderado seu ritmo de contração no período, de 43,4 pontos para 46,0 pontos, os subgrupos de produção e encomendas aceleraram seu ritmo de queda, passando de 45,9 pontos para 44,8 pontos e de 47,4 pontos para 44,6 pontos, respectivamente. Os números realimentaram temores de que a demanda interna americana esteja mais fraca que o imaginado e que o país possa enfrentar uma recessão no curto prazo. Isto, por sua vez, elevou a aversão global a riscos, e a moeda americana se enfraqueceu diante de pares considerados portos-seguros, como o iene e o franco suíço, ao mesmo tempo em que se fortaleceu diante de moedas de economias emergentes.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.