Câmbio começa a quarta em baixa, cotado ao redor de R$ 5,63
Dólar deve refletir CPI de agosto e debate presidencial nos EUA
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,63 (-0,4%)
▲ Dollar Index (DXY): ~101,7 pontos (+0,1%)
O mercado de divisas deve repercutir a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano de agosto, buscando ajustar apostas para a decisão de juros da próxima quarta-feira pelo Federal Reserve. Adicionalmente, investidores reagem ao debate de ontem entre os candidatos à presidência do país, Donald Trump e Kamala Harris.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Pesquisa Mensal de Serviços de julho (IBGE) - 09h00min.
• Palestra do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – 09h00min.
• Índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA de agosto – 09h30min.
• Fluxo Cambial semanal (BC) – 14h30min.
“Pouso suave” nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira, quando era negociado ao redor de R$ 5,63 (10h30min), refletindo a divulgação do CPI de agosto, que aumentou em 0,2% no índice cheio, em linha com as estimativas de analistas, e em 0,3% em seu núcleo, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, levemente acima da estimativa mediana de 0,2%. O dado reforça a interpretação de “pouso suave” da economia americana ao mostrar uma estabilização gradativa dos preços ao consumidor, porém sem sugerir dificuldades de vendas pelas empresas do país. Ao se manter em leve crescimento, o CPI contribui para um cenário em que uma recessão econômica no curto prazo parece pouco provável, consolidando a expectativa de uma redução de juros de 0,25 p.p. pelo Federal Reserve na próxima semana e afastando a possibilidade de um corte mais agressivo, de 0,50 p.p. Este quadro a um só tempo favorece a recuperação da moeda americana, por reduzir a expectativa para queda de juros no país e tornando os títulos denominados em dólar mais rentáveis, como reduz a aversão a riscos de investidores e favorece o desempenho como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.
Pós-debate nos EUA Deve ainda impactar a percepção de risco dos investidores na sessão de hoje o debate realizado ontem à noite pela presidência dos Estados Unidos, no que pode ser o único encontro entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump antes das eleições. Embora seja difícil precisar os impactos específicos do evento nos mercados internacionais, é pertinente destacar que o contexto eleitoral, particularmente em disputas acirradas como a deste ano nos EUA, tende a exacerbar o ambiente de incertezas e a promover maior volatilidade nos preços dos ativos globais, com impactos frequentemente mais acentuados sobre os ativos de risco. Após o debate, a maior parte dos analistas políticos do país classificaram positivamente o desempenho da democrata, que teria colocado Trump na defensiva. Apesar do melhor desempenho de Harris, a corrida continua acirrada de acordo com as principais pesquisas e deve ter desenvolvimentos significativos nas próximas semanas.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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