Câmbio fecha a quinta em queda, cotado a R$ 5,618

Dólar refletiu bom humor externo

▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,618 (-0,6%)
▼ Dollar Index (DXY): 101,2 pontos (-0,4%)

O mercado de divisas repercutiu ao enfraquecimento global da moeda americana, após novos dados econômicos nos EUA reforçarem a percepção de “pouso suave” de sua economia.

Variações | No dia: -0,57% | Na semana: +0,50% | No mês: -0,33% | No ano: +15,79% | Em 12 meses: +13,39% |

Resiliência econômica nos EUA anima investidores Após abrir a manhã em estabilidade, o dólar negociado no mercado interbancário passou a cair, em linha com o enfraquecimento amplo da moeda americana. O movimento foi impulsionado pela divulgação de novos dados para os EUA que reforçaram a percepção de um “pouso suave” de sua economia e diminuir temores de uma recessão no curto prazo. Primeiramente, os pedidos semanais de auxílio-desemprego se mantiveram praticamente estáveis pela sexta semana consecutiva, com 230 mil novas solicitações na semana e em linha com as estimativas de analistas – nessas últimas seis semanas, a quantidade de pedidos oscilou entre 228 mil e 234 mil. Posteriormente, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) apresentou um crescimento modesto no mês de agosto, com um aumento de 0,2% no índice cheio, em linha com as projeções medianas, e de 0,3% em seu núcleo, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, levemente acima da estimativa mediana de 0,2%. Assim, o conjunto de dados disponíveis para o mês aponta para um crescimento moderado da atividade produtiva e do mercado de trabalho, que perdem dinamismo vagarosamente, e para uma diminuição gradativa das pressões inflacionárias, o que, por sua vez, reforça a expectativa de uma redução de juros de 0,25 p.p., e não 0,50 p.p., pelo Fed na próxima semana e possivelmente um ritmo mais lento de cortes de juros.

Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos

Fonte: Federal Reserve Bank of St. Louis. Elaboração: StoneX.

BCE corta juros Adicionalmente, contribuiu para o enfraquecimento da moeda americana a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que reduziu sua taxa básica de juros de 3,75% a.a. para 3,50% a.a. Em um contexto de crescimento econômico mais fraco e desaceleração da inflação no bloco econômico, há expectativa por novos cortes no futuro, porém dúvidas quanto ao ritmo de que a autoridade implantará. Em entrevista coletiva após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, buscou conter as apostas de investidores, afirmando que a instituição não está comprometida com nenhum caminho específico para as taxas de juros e que as decisões serão tomadas a cada encontro em função da evolução da conjuntura econômica. Os comentários de Lagarde ajudaram a reduzir a perspectiva de perda de rentabilidade do euro e fortaleceu a moeda perante o dólar.

Mercado de moedas

Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.