Câmbio abre a segunda em baixa, cotado ao redor de R$ 5,54
Dólar deve refletir postura defensiva antes de FOMC e Copom
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): ~R$ 5,54 (-0,5%)
▼ Dollar Index (DXY): ~100,7 pontos (-0,4%)
O mercado de divisas deve repercutir um ambiente de cautela mais elevada enquanto investidores aguardam pela decisões ao longo da semana de bancos centrais importantes, como EUA, Japão, Inglaterra e Brasil. Adicionalmente, dados mais fracos que o esperado para China podem piorar o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
Agenda do dia (horário de Brasília):
• Boletim Focus semanal (BC) – 08h30min.
• Índice de manufatura do Federal Reserve de New York de setembro – 09h30min.
• Monitor do PIB de julho (FGV) – 10h15min.
• Balança comercial semanal (Secex) – 15h00min.
Ambiente global de cautela Em um dia de agenda leve, o dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta segunda-feira, quando era cotado ao redor de R$ 5,54 (10h15min). O pregão começou em um ambiente de cautela mais elevada, com investidores elevando suas apostas para um corte de juros mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira. No momento da publicação deste texto, 65% das apostas no mercado futuro antecipavam uma queda de 0,50 p.p., enquanto as 35% previam uma redução de 0,25 p.p. Tais apostas estimulam uma postura defensiva dos agentes do mercado financeiro ao sugerir que o Fed possa estar preocupado com uma desaceleração brusca de sua economia e que, por consequência, as empresas do país possa enfrentar problemas de receita e lucratividade. Com isso, observa-se um enfraquecimento do dólar perante moedas consideradas portos-seguros, como o franco suíço e o iene japonês.
Desaceleração da China Contribui para piorar o desempenho de ativos arriscados, também, a divulgação de novos dados para a China no último final de semana. A expansão da produção industrial e das vendas do varejo de agosto contra o mesmo mês do ano passado passaram de 5,1% para 4,5% e de 2,7% para 2,1%, respectivamente, abaixo das projeções medianas de analistas e evidenciando a perda de dinamismo da economia chinesa, puxada pela desaceleração da demanda interna. O ritmo menor que o esperado para o país impacta negativamente os preços de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
Diferencial de juros brasileiro Por outro lado, o real mostra-se resiliente e sustenta o seu valor na sessão desta segunda-feira, mesmo diante de um cenário desfavorável para ativos arriscados. Possivelmente, a previsão de cortes de juros mais velozes para os EUA pode estar beneficiando a moeda brasileira, visto que há expectativas para altas da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central nesta quarta-feira. A ampliação da perspectiva de diferencial de juros brasileiro torna os títulos domésticos mais rentáveis e contribui na atração de investimentos estrangeiros, fortalecendo o real.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e StoneX cmdtyView.
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