Câmbio fecha a segunda em queda, cotado a R$ 5,511
Dólar refletiu expectativa de melhora do diferencial de juros brasileiro
▼ Taxa de câmbio (USDBRL): R$ 5,511 (-1,0%)
▼ Dollar Index (DXY): 100,7 pontos (-0,4%)
O mercado de divisas repercutiu ao aumento das apostas de um corte de juros agressivo pelo Federal Reserve nesta quarta-feira (18), o que favoreceu o real por conta da perspectiva de ampliação do diferencial de juros brasileiro.
Variações | No dia: -1,01% | Na semana: -1,01% | No mês: -2,22% | No ano: +13,59% | Em 12 meses: +13,13% |
Fraqueza global do dólar Em dia de agenda leve, o dólar negociado no mercado interbancário encerrou o pregão em queda de 1,0%, se reaproximando do nível psicológico de R$ 5,50 e tornando o real a moeda de melhor desempenho da sessão dentre as moedas mais líquidas. A moeda americana se enfraqueceu de maneira ampla, por conta de um ambiente de cautela mais elevada em que investidores elevaram suas apostas para um corte de juros mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira – em torno de 65% das apostas no mercado futuro antecipavam uma queda de 0,50 p.p., enquanto as 35% previam uma redução de 0,25 p.p. Tais apostas estimularam uma postura defensiva dos agentes do mercado financeiro ao sugerir que o Fed possa estar preocupado com uma desaceleração brusca de sua economia e que, por consequência, as empresas do país possam enfrentar problemas de receita e lucratividade. Com isso, o dólar se enfraqueceu perante moedas consideradas portos-seguros, como o franco suíço e o iene japonês.
Desaceleração da China piora humor Contribuiu para reduzir o apetite por riscos, também, também, a divulgação de dados para a China no último final de semana. A expansão da produção industrial e das vendas do varejo de agosto contra o mesmo mês do ano passado passaram de 5,1% para 4,5% e de 2,7% para 2,1%, respectivamente, abaixo das projeções medianas de analistas e evidenciando a perda de dinamismo da economia chinesa, puxada pela desaceleração da demanda interna. O ritmo menor que o esperado para o país, em tese, impacta negativamente os preços de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários, como o real. Ainda assim, o desempenho de moedas de economias emergentes foi misto.
Ampliação do diferencial de juros brasileiro Por outro lado, o real apresentou o melhor desempenho global mesmo diante de um cenário desfavorável para ativos arriscados. A previsão de cortes de juros mais velozes para os EUA beneficiou a moeda brasileira, visto que também há expectativas para altas da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central nesta quarta-feira. A ampliação da perspectiva de diferencial de juros brasileiro torna os títulos domésticos mais rentáveis e contribui na atração de investimentos estrangeiros, fortalecendo o real.
Mercado de moedas
Fonte: StoneX cmdtyView. Elaboração: StoneX.
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